sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Confessional/10

Me sinto faltando um pouco mais a cada dia. É como se estivesse morrendo aos poucos e lentamente. Parece tão difícil que alguém repare o que se passa aqui dentro. É como se minha dor fosse tão grande que seria impossível de dividí-la com qualquer um. É dor por todos os cantos.

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Pulei de costas olhando para o céu e todo aquele infinito. Era o único lugar possível de caber o que eu sentia naquele momento.

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Tudo parecia bem. Eu demonstrava a serenidade e conformismo que nunca cheguei a ter. Demonstrava a esperança de acreditar que um dia tudo se ajeitasse da forma mais harmônica possível sem entender que nada voltaria ao normal como era em outros tempos. Demonstrava que aquilo tudo não me causava dor. Demonstrava ser quem eu nunca fui. Hoje, não demonstro nada. Nem que sim, nem que não. Me entreguei a própria sorte e vou tentar viver a vida que eu fingia não viver. Simplesmente porque eu demonstrava estar tudo bem quando não estava.

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Sei que aqueles calçados não mais receberão meus pés e aquela rua não ouvirá o som dos meus passos. Mesmo assim, continuarei existindo na vaga lembrança de alguém ou em uma foto amarelada pelo mesmo tempo que me levou.

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É preciso exercitar o desapego de si próprio até não sentir mais nada e sucumbir em paz no vazio.

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Acordei com a dura impressão de que alguma coisa precisa ser feita. Nem que seja a última.

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Levantar da cama todos os dias é uma tarefa dura quando nos damos conta que perdemos o pouco do chão que restava sob os pés.

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Solidão é morfina para quem não sabe o que fazer com destinos corrompidos e pessoas que se foram para nunca mais voltar.

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O destino também sabe ser irônico.

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Trate como passado aquilo que só te tratou como um futuro conveniente.

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Sorte daquele que morreu sem feridas na alma.

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Quem nada tem, nada perde. É clichê, assim.

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Algumas histórias não deixam de serem bonitas só porque tiveram um final. No fundo, elas continuam sendo escritas pelos traços da memória de alguém que não tem o costume de tratar pessoas como sendo seres descartáveis e substituíveis ao sabor do vento.

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Esquentei meu destino no microondas e coloquei para esfriar na geladeira.

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Angústia de quem sonha é acordar.

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O que me conforta é saber que todos irão morrer e essa mediocridade de vidas vazias é provisória.

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A única coisa que pode levar à felicidade é saber dizer “não”, inclusive para aquilo que você quer.

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Parte do passado que ficou em mim me parte em qualquer parte.

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Todas as noites, eu tinha a dura certeza de que não era exatamente eu quem ela queria se tivesse possibilidade de escolher. Não sei bem quem seria, mas não era eu.

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Não me sinto bem caminhando no meio. Não gosto de meios termos ou meias verdades. Prefiro me afastar de tudo isso e me ter sozinho por inteiro.

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Aceita o que foi te dado não como um ato passivo, mas como forma de entender que deve haver um significado para tudo isso.

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A verdade tem começo, meio e fim.

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Ela representava muito bem o mais bonito personagem e foi bastante convincente, mas ninguém consegue atuar o tempo todo.

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Achei que era vontade de estar junto para dividir o que fosse bom ou ruim. Querer compartilhar momentos bobos ou, quem sabe, uma vida inteira. Entender, compreender e até admirar as fraquezas ou defeitos. Se colocar no lugar do outro para que o outro possa se colocar no nosso lugar quando você precisar. Sair de mãos dadas por aí sem destino tendo a nítida certeza que tudo está certo e em seu devido lugar. Dar e receber na mesma medida, sem sobrar ou faltar nada. Falar o que se quer falar e ouvir até o que não se gostaria de ouvir, mas sabendo que vai fazer bem. Abandonar todas as mágoas e feridas abertas do passado e se entregar a que realmente importa. Abrir mão da conveniência estúpida de estar por interesse ou esperando sempre alguma coisa que nunca vem. Achei que era gostar simplesmente por gostar. Por ouvir um “alô” e se sentir completo. Pelas pequenas brincadeiras que só temos coragem de fazer com quem se gosta. Carinho mútuo e incondicional independente de qualquer outra coisa. Por tudo isso. Mas era só sexo desde o primeiro minuto. Demorei para entender.

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Como não ficar maravilhado com aquela ilusão? Ainda que fosse só uma ilusão.

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Verdades inconvenientes só podem ser vistas de longe e de fora.

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Pessoas tornam-se criaturas inúteis e sem função quando deixam de servir àquela que foi destinado em determinado momento sob determinada conveniência da vida. Assim, descartável.

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Uma moeda tem dois lados com duas verdades opostas.

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Aquela vida é composta por tantos sonhos, fantasias e personagens que alguns deles seria bom que eu nunca tivesse conhecido.

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Amor é uma operação em circuito fechado onde o outro é um mero observador na busca constante de aprovação daquilo que somos e saciedade de nossas angústias e ausências existenciais.

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Pena que aquelas coisas que ela dizia e entrava pelos meus ouvidos não eram pra mim. A ilusão acabou.

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Fui até o inferno por pessoas que nunca fizeram questão de ir até a esquina por mim e só se importava com o próprio conforto. Definitivamente, não vale à pena sair do lugar por ninguém.

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Ela sempre foi a maior vítima do umbigo enorme e dono de tudo ao redor que carregava no meio da barriga e que meses atrás era ejaculado aos litros pelo homem supostamente amado com palavras de brinquedo. Nunca será fácil agradá-lo como eu, inadvertidamente, tentei sem sucesso.

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Todas as vezes que ela colocava a cabeça no meu peito para observar meu corpo nu e exausto, era como se mais uma página fosse arrancada do meu livro e dada aos porcos como prêmio por bom comportamento.

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Queria poder falar aquelas sacanagens impublicáveis pela última vez, mas sem aquele meu medo idiota de magoar ou sem aquele equivocado peso na consciência depois do gozo. Zelo e medo de machucar nunca me levaram a lugar nenhum. Estúpido!

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Use bem tua saliva para lamber o membro rígido e latejante do próximo amado e escarrar no passado que não mais te diz respeito.

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Sempre que ela deslizava as mãos cheias de creme no corpo semi-nu em frente ao espelho, meus pés afundavam um pouco mais na lama agridoce que o destino me reservava.

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Quando a vi caminhando na minha frente, apressada e afoita pela primeira vez, não imaginava que cavaria sob meus pés o maior de todos os abismos e cometeria o maior de todos os erros.

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Não se perde o que nunca se teve.

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Planos são piadas que o destino conta.

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Não tenho qualquer compromisso firmado com clichês. Meu único e duradouro compromisso é com minha verdade por mais torta e equivocada que ela seja. E sempre é.

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Mais cedo ou mais tarde a vida te responderá uma pergunta séria com ironia.

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Ela só sabia enxergar o próprio ego como se eu estivesse no centro daquela relação exclusivamente para fazer suas vontades num jogo de privilégios e um único privilegiado. Batendo palmas e lá estava eu quando precisasse (e precisou muitas vezes). Gente assim tem muito a aprender com os próprios erros porque o próprio umbigo, normalmente, ensina muito pouco.

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Ninguém te viu chorar todas as noites naquele quarto escuro quando tudo parecia estar bem. Ninguém ali para te perguntar se você sentia frio ou qualquer outro desconforto. Pelo contrário. As distâncias aumentavam a cada dia e a dor também. Depois, condenam teu manicômio interior e te pedem a coerência que nunca tiveram com você.

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Perdi minhas botas entre o real e o lúdico e nunca mais me encontrei.

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Se a maldita paixão ou qualquer outro nome que se queira dar para aquela coisa estúpida me permitisse enxergar que só aquele umbigo egoísta lhe importava, eu teria cuidado muito mais do meu, e hoje, tudo seria muito mais fácil por aqui.

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A gratidão está em promoção no balaio de supermercado por R$9,90.

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Nunca me achei interesseiro ou fazendo o que tenho vontade por interesse, mas é inevitável não se frustrar quando você dá muito mais do que recebe.

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Queria poder voltar atrás e descobrir a beleza das coisas novas mas tendo a certeza da finitude que só o tempo nos dá. Não sei se as coisas seriam diferentes, mas certamente seria mais fácil de suportar.

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Já não planto soluções para colher tempestades como em outros tempos. Aprendi que o pouco que tenho já me basta e assim será daqui pra frente.

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Aqueles dois caminhavam lado a lado sem se falar, se olhar ou se tocar. Cruzaram uma avenida movimentada em sinal verde e uma estátua viva de um personagem histórico qualquer. Dois quarteirões a frente, uma criança empunhava sua espada de plástico contra um monstro imaginário e um andarilho procurava um lugar para passar a próxima noite com seus papelões e o que lhe restava da vida. O rapaz tirou do bolso um cigarro avulso. Ela, um elástico para cabelos. Ele pegou a Travessa Joaquim de Paula. Ela, a Rua Rômulo Gonzaga. Desde então, nunca mais foram vistos juntos e se perderam para sempre e não teriam histórias de separação para contar. Melhor assim.

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Nunca quero perder a capacidade de me emocionar com o que é belo e humano porque é aí que me dou conta que ainda existe um pouco daquilo em mim.

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É mais difícil esquecer uma lembrança do que se convencer que ela não voltará a acontecer novamente.

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Sempre me senti um pouco servindo para as conveniências e carências existenciais dos outros. Nunca, em momento algum, consegui enxergar verdade naquelas coisas bonitas que me eram ditas, mas preferia acreditar em todas a ter que encarar a dura realidade dos fatos.

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A previsão para amanhã é de sol e tempo seco com chuva forte e fortes descargas elétricas ao final do dia.

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Prefiro morrer na solidão a ter que passar por tudo aquilo novamente. Acha triste? Não. Cada um sabe o que é melhor para si e o peso que suporta carregar.

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Não vou me queixar dos erros que cometi. Eles me fizeram o que sou hoje, e querendo ou não, é tudo que tenho. Se faria diferente? Sim, faria quase tudo.

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Ele colocou a melhor roupa e saiu para caminhar embaixo do primeiro sol de outono. No peito, o mesmo vazio das estações anteriores. No rosto um sorriso, otimista desses que ajudam a viver melhor no frio implacável e cheios de lembranças do último inverno.

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Só o que mais desejo agora é que ela fique bem e que nada de ruim aconteça nessa vida. Que tenha sempre junto ao peito um abraço confortante e macio que consiga apaziguar toda possível dor que sentir ou, simplesmente, dividir a alegria de viver, o que nunca te faltou. Que o sol te faça sorrir os mais lindos sonhos que saem da tua boca. E, se possível, que algum resquício de memória distante te faça lembrar com carinho e pouco desprezo de algum momento qualquer por mais estúpido e insignificante que ele seja.

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Meu hospício tem nome, sobrenome e certidão de nascimento, mas é por pouco tempo.

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A saudade é um sentimento irresponsável.

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Sonhos podem cobrar um preço muito alto e nem todos têm condições de pagar. Alguns, quase pagam com a própria vida como eu.

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É mais fácil julgar atitudes do que conhecer os monstros que causaram.

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Desconfio dos poetas que têm palavras pra tudo. Meu dicionário é bastante escasso para tudo aquilo que sinto.

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A solidão eterna é o melhor acalanto para quem já teve tantos sonhos e planos corrompidos por destinos estúpidos.

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Enquanto eu ainda estiver aqui, o que sinto sobre certas coisas vai continuar intacto. Inabalável e permanente.

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Não conheço muitas histórias “de amor”, mas é como já tivesse conhecido todas porque sempre começam e terminam da mesma forma.

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Sempre tive profunda admiração por coisas que não foram feitas para mim.

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Pouco importa o esforço que se faz para ser alguém melhor ou o que você fez porque ao final, só o que for conveniente aos olhos de quem julga será considerado.

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(quase) Nunca duvidei dela, mas sempre esperei em atitudes concretas aquelas coisas bonitas que dizia em palavras. Parei de esperar.

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O Amor é algo muito raro que corre na boca suja e promíscua da conveniência.

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Não espere de mim carinhos gratuitos ou coisas que você quer ouvir de um homem idealizado. Sou uma porção generosa de imperfeições sinceras.

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Acordo todas as manhãs com a impressão que essa vida que carrego não pertence mais a mim.

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O que me deixa triste é saber que meu corpo vai apodrecer antes que eu conheça todas as canções que me fariam me sentir vivo novamente.

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Lembro como se fosse agora. Aquele sorriso de orelhas e braços esticados me chamando. E sabe? Não sinto a menor falta porque vivi cada pedaço da gente com a intensidade e verdade que nunca mais se repetiu. O que faço periodicamente é resgatar os fragmentos bobos e colar junto ao peito com o maior carinho que já coube em mim. Aqueles olhos grandes e claros continuam me brilhando de alguma maneira.

“Eu sei que o tempo é uma grande árvore de galhos infinitos e que o presente é o seu fruto mais bonito." – Moska

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É inadequado dar valor para quem não se dá valor.

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A embriaguez não fazia você perceber que putas de carnaval sempre serão putas de carnaval dentro de carros com seus corpos prontos para servir ao primeiro dedo sujo e semi-desconhecido que aparecer. Nem que você queira serão fadas feitas de vidro que se quebram com o vento forte e pedem para ser cuidadas com todo o carinho.

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Me sinto bem melhor agora.

Bem melhor como?

Bem melhor do que na última vez que ouvi tua voz indiferente, arrogante e cheia de desapego por coisas que nem você mesma sabe se um dia chegou a se apegar de verdade ou apenas tinha se acostumado com tudo aquilo e ficado na inércia. Cheia de si e pouco se importando com o que eu sentia. Pouco se importando com o quanto eu morria um pouco por dentro a cada dia.

Do que você está falando?

De tempo, coragem e força pra seguir em frente. A morte em vida e tudo que se aprende com isso. Você nunca vai me entender porque eu sei, nunca foi fácil se colocar no lugar de ninguém porque tua casca é das mais coloridas e tua natureza é das mais egoístas que já conheci, mas não se preocupe. Me sinto realmente bem melhor agora.

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É estranho, mas só aprendi a voar quando pregaram meus dois pés no chão e me proibiram de dizer o que sentia e de ser quem eu era.

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Não acho justo ser fantoche nas mãos de quem quer que seja, nem usar alguém para satisfazer suas vontades imediatas, carência ou o que quer que seja.

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Todo mundo tem umbigo, mas quanto menos for usado melhor. Para o bem de outros que em determinado momento você disse considerar.

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Perder noites de sono por conta de problema de pessoas que nunca se importaram muito com os seus é arrependimento que se leva para uma vida inteira.

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Mais uma noite passa lenta pelo meu nariz. Lá fora, ouço o mais profundo silêncio. Aqui dentro, a mais perfeita paz. 22.5.10

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Com o tempo, acabei criando profunda admiração pelos egoístas. Eles sempre se saem muito bem.

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Normalmente existe um abismo muito grande entre o que você pensa e o que sente.

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Ela sugava meu corpo de olhos fechados com a força e vontade de quem tentava encontrar o príncipe ou a solução definitiva para toda aquela carência. Não era tesão. Era desespero que vinha não sei de que lado. Talvez por uma ferida mal curada. Talvez por acreditar no fundo que nem todos os homens são tão canalhas assim e que alguém merecia uma chance. Talvez por tentar me convencer que o amor é possível. Talvez por ser autoconfiante demais e me mostrar com gestos o que aquele coração era capaz. Eu segurava sua cabeça com o desprezo que se trata uma puta e a compaixão dedicada às pessoas mais importantes que já passaram por minha vida . Sem entender direito a razão de tudo aquilo que acontecia, ejaculei todas as minhas dúvidas em seu rosto e seios, sem saber que ali sujaria nós dois para sempre. Ela me sorriu feliz e satisfeita. Eu, no entanto, nunca mais sorriria para aquilo que acabara de acontecer.

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Errar é humano. Errar sabendo que está errando e continuar é mais humano ainda.

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Algumas pessoas se perderam no tempo e ainda não sabem que o sol é o centro do universo e não elas. Acho que um dia aprenderão.

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Me vejo em tantos que nem sei por onde começo a ser.

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Tão certo quando o tempo curando feridas são as putas que não beijam na boca que seus clientes.

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Meu coração quer sair pela garganta sempre que lembro daquela noite de junho que abracei aquele corpo nu, frágil e trêmulo pela primeira vez.

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Todas as vezes que coloco os pés para fora de casa tenho a impressão que vou te encontrar distraída ou acompanhada em uma esquina qualquer como das outras vezes. Nunca estive preparado para isso e acho que nunca estarei porque sempre volto pra casa com contrações musculares involuntárias e o inconfundível gosto de carne morta na boca.

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Escolhia as palavras mais bonitas e ela só se contentava em separar as sílabas e colocá-las num canto.

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Nostalgia é vontade de esquecer e desejo de voltar.

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Algumas verdades surgem apenas quando você se afasta do olho do furacão que te fez rodar em desespero sem saída.

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Sabe quando acordamos com a sensação de que esquecemos de fazer algo muito importante no dia anterior? Carrego comigo todas as manhãs e não sei direito o que fazer durante o dia que terei pela frente.

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Se tudo tem um fim, então não há necessidade alguma que tenha um começo. E assim ficou decidido.

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Quem não se basta vai sempre fazer de terceiros detentores da sua paz. Aprendi de uma vez por todas a me bastar.

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Faça por si, viva por si, lute por si e se esforce ao máximo para agradar você mesmo. Caso não saibas, todos sempre fizeram isso enquanto você estava aí tentando agradar e se esforçando tanto para ser alguém melhor para os outros..

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Nada compra minha paz.

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Mesmo de olhos fechados eu vejo máscaras caindo uma a uma do meu lado.

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Lição Nº 1: Veja o lado bom das coisas ruins.

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Falsos imprevistos sempre acontecem.

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As respostas sempre estão embaixo do nariz, mas nem todos querem ou conseguem enxergar.

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Sou melhor sozinho.

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Ao contrário do que os donos da razão pensam, o suicídio é a maior demonstração de amor próprio.

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Só gostaria de um pouco mais de lógica em mim. Nem precisa ser muito.

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Mais do que grandes palavras, eu gosto de pequenas atitudes.

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Normalmente não percebemos na hora que estamos fazendo papel de palhaço. Leva um certo tempo para fichas e máscaras caírem.

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O silêncio é diamante banhado a ouro.

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Não há evidência de um único ser vivo pisando sobre a Terra que justifique uma noite perdida.

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Só o desprezo responde outro desprezo à altura devida.

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Saúde mental é dos bens mais valiosos que temos. Há quem não considere, até perder a sua.

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Se você chega ao fim e percebe que estava tudo errado é sinal de que estava tudo certo.

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O momento certo é aquele que acontece.

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Ingênuo é aquele que sabe que vai acontecer, mas não faz nada pra impedir. Esperto é aquele que não deixa acontecer.

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Generosidade é a virtude do estúpido.

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Mereço e terei um futuro só pra mim.

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É possível ser feliz com pouco, mas a felicidade derradeira só vem quando não se tem nada.

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Criei repulsa por coisas que até pouco tempo atrás não conseguiria viver sem e me dei conta que até pouco tempo atrás eu vivia muito mal.

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O único amor é o próprio.

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Perdoar é olhar de cima com ar de superioridade quem você despreza.

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Escrevo para sublinhar um tombo e acentuar uma sílaba tônica.

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O auto-destrutivo tem sempre uma saída pronta pra tudo.

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Querer sumir nem sempre é força de expressão.

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Há uma diferença sobrenatural entre aquilo que você pensa que é, aquilo que gostaria de ser e aquilo que pensam que você é.

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Meu sorriso não é de aparência. Não tenho qualquer interesse de aparentar quem eu não sou ou fingir o que não consigo ser de fato.

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Se não há mais nada a ser dito, é bom que o silêncio, e somente o silêncio, seja preservado.

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As pessoas se afastam e se despedem sem ao menos ter se encontrado verdadeiramente um dia.

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O problema é achar que o prioritário está no secundário.

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Hoje eu caí no buraco e me entendi nas minhas circunstâncias.

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Às vezes demora, mas as máscaras sempre caem. Não há carnaval que dure pra sempre ou festa que nunca acabe.

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Marketing pessoal é ressaltar as qualidades que se tem e não mostrar qualidades que jamais possuiu. O nome disso é outra coisa.

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A arte está para o lúdico, assim como a vida está para a realidade.

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As coisas bonitas nunca voltam. Fica a feiura, o rancor, o gosto de fim na boca e uma página em branco para que novas coisas bonitas sejam escritas com seus prazos de validade.

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Se enquanto você dava o melhor de si a única retribuição que recebias era a superficialidade do sexo, tente entender. Cada um dá aquilo que tem de melhor.

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Há beleza na paisagem árida e seca de cada um. O problema é quando enxergamos rosas, plantas altas e vertigens coloridas onde existe apenas cactos e terra rachada pela falta de água.

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Já passei pelas dores mais latejantes e desumanas que alguém pode suportar. Daquelas que entram pelas narinas junto com a respiração, te rasga os pulmões, o estômago, corta as víceras como navalha afiada e desce até os pés, entrando pelas narinas novamente e assim por diante, num ciclo sem fim. Dor imensa que não há de onde tirar forças para chorar ou enlouquecer de vez. Noites eternas e desesperadoras afundado em um colchão com contrações involuntárias de músculos que até então não sabia que existiam. Dias sem cor, sem cheiro, sem nada para encantar os sentidos. Nada terminou. Tudo continua aqui dentro de mim, só que de forma diferente. Todos os dias faço questão de lembrar de tudo aquilo por mais duro e difícil que isso seja. Aprendi a conviver com esses monstros, e, principalmente, a evitá-los novamente. Nada vai comprar minha liberdade outra vez. Não estou disposto a pagar esse preço de novo. É muito alto e por muito pouco não paguei com a vida.

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Há pessoas que nasceram para fazer o bem. Outras, para fazer de conta que fazem.

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Erros e acertos são reflexos de outros rostos no próprio espelho num determinado momento da vida.

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Só a consciência plena da transitoriedade, fugacidade e efemeridade de coisas, pessoas e pensamentos encaminha a felicidade permanente.

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Sou advogado do meu Estado sem lei.

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Só tenho tempo para sentir saudade da minha ingenuidade que foi embora para não mais voltar.

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A predisposição altera a realidade que vemos.

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Selecionar é muito mais fácil que esquecer.

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Não há dias bons sem as referências dos dias ruins.

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Aquilo que se perdeu não tem mais valor do que aquilo que se aprendeu.

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O espelho tem duas imagens refletidas. Aquela que você vê e aquela que você não quer ver.

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A morte é a única forma de liberdade inteiramente plena que podemos alcançar.

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Quem diz que já se encontrou ainda não se perdeu.

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Não existe vida fora da incerteza.

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Todos os diferentes são iguais quando se deparam com a impotência existencial de não poder mudar determinada realidade.

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Início e fim são conceitos teóricos inventados. O que existe são ciclos.

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Sabedoria é dar valor àquilo que, de fato, tem valor.

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Liberdade não é fazer o que bem entende. Liberdade é ser quem você quer ser dentro de todos os limites.

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Não foi difícil perceber o que estava errado. O difícil foi fazer o que seria certo.

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A pior solidão é aquela que dividimos com alguém muito próximo.

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A certeza era tanta que até a dúvida desconfiou de mim.

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Me sinto num mar aberto com todas as belezas e agruras de todo mar aberto.

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Um caminho nunca é certo.

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O distanciamento depura e alivia.

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Lutar por causas perdidas é para quem não respeita a própria paz.

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